Estudo Urbanístico Preliminar

Frederico Moura e Sá

Urbanista, Doutor em Arquitectura pela FAUP, Mestre em Planeamento do Território pela UA e Licenciado em Engenharia Civil pela FEUP

O Estudo Urbanístico Preliminar pretende tirar máximo partido da dimensão patrimonial existente e do excepcional enquadramento paisagístico, reforçar a relação do Ecoparque com o Hospital e a Universidade e a Universidade do Minho, que carecem de maior articulação com a envolvente e que surgem como peças centrais para a animação e vivência do próprio Ecoparque.

Por outro lado, procura-se atenuar o efeito negativo da actual rede viária, que para além de topograficamente “violenta” gera um ambiente muito pouco urbano, face ao desenho e às ocorrências funcionais que suporta. Outro dos objectivo consiste em qualificar a ocupação existente, afirmando centralidades capazes de contrariar a actual fragmentação e desarticulação funcional e edificatória. Funcionalmente, procura-se que cada uma destas centralidades se afirme pelo potencial e necessidades da sua envolvente imediata.

Em particular o desenho estabelece:

– Os limites entre o que se considera deverem vir a ser a área verde e a área edificável. Tais limites assentam já em análise e desenho de bastante precisão; mas não podem ainda ser considerados definitivos, porque tal só pode ocorrer num âmbito de revisão do PDM e após parecer e concertação com algumas entidades;

– A estrutura viária e circulatória da área edificável e a localização dos polos vivenciais que integrarão: alargamento de espaço público, equipamentos, funções terciárias e de restauração. Como referido, pretende-se que tais polos constituam locais de encontro dos residentes e, também, futuras entradas no Ecoparque. Serão elementos de referência para o projecto, a considerar na concepção da sua organização interna e dos seus atravessamentos pedonais.

A mancha indiferenciada de verde traduz um objectivo municipal, a de que o Ecoparque das Sete Fontes corresponda e consagre a situação actual, ou seja, a de uma área de vasta ocupação florestal que como tal se deverá manter, penetrando na Cidade.

Tal desígnio aponta para que, aquando a revisão do PDM, a área do Parque deva vir a ser classificada dominantemente como “solo rústico” com a qualificação de “espaço cultural” (ver DR 15/2015 de 19 de Agosto, artigo 23).

Porque a sua opinião importa!

O Plano de Urbanização e a alteração do PDM para a Área das Sete Fontes está em discussão pública até 30 de Setembro de 2020.